Vou mostrar uma parada inédita aqui pra vocês.

Esse é um projeto meu para o Periféricas, naquele sentido de aproximar a tecnologia das pessoas que não tem acesso a ela ou que não entendem bem porque não teve ninguém pra explicar com jeito (e humildade e sem estrangeirismos) e de maneira simples.

Há uns anos dei algumas oficinas de cibersegurança para mulheres e falei do Tails. Conversa vai e elas elas falaram que andar com pendrive solto na bolsa ou preso num chaveiro não daria certo, porque a maioria perde chave, esquece o danado no computador dos outros ou da faculdade.

Perguntei o que elas não perderiam nunca ou que seria muito difícil. Voltei para casa encucada e comecei a pesquisar de que forma poderia inserir o uso do Tails na vida delas e surgiu a ideia de fazer um patuá.

Pendrives para fazer o patuá

Conversei com amigas que usam patuá e perguntei se seria ofensivo. Por mais respeito que eu tenha a cultura e religião dos outros, decidi não ser mais uma se apropriando de algo tão importante.

Voltei aos esboços e peguei colares que tinha em casa e comecei a testar. Como pessoa que sempre tem algo de artesanato em casa, peguei um pedacinho de feltro e colei no colar (que era branco) para dar o tamanho com folga para inserir e carregar um micro sdcard. De tanto usar esse colar amarelou e começou a se desfazer em algumas partes. Botei de volta no chaveirinho e continuei sagaz usando o Tails no trabalho ou quando estava usando wi-fi público.

Colar com tails

Esse do vídeo fiz hoje para mostrar como é possível aliar moda com cibersegurança. Que é possível descomplicar e falar sobre um tema tão importante nos últimos tempos, com leveza e chiqueza. Cabe um pendrive pequeno também (é que para retirar só com o polegar ficou mais fácil demonstrar com o cartão de memória).

Colar com tails

Colar com tails

Para saber mais sobre o Tails, acesse: tails.boum.org